Durou pouco o tempo em que a Rede, partido da ex-senadora Marina Silva, permaneceu alinhado ao PSOL no Congresso. Com sua fundadora e principal nome liderando as pesquisas presidenciais, a legenda guinou para a direita e se uniu aos opositores PSB, PPS e parte do PMDB para pedir a convocação de novas eleições.
Segundo a última pesquisa Datafolha, Marina tem entre 21% e 24% das intenções de voto, dependendo de quem seja o candidato do PSDB.
Desde que foi regularizada, a Rede vinha condenando o impeachment e apoiando propostas ligadas à esquerda. Marina, no entanto, vinha defendendo a derrubada de Dilma Rousseff não pelo impeachment, mas pelo processo no TCU (Tribunal de Contas da União), que julga se a presidenta cometeu as pedaladas fiscais, o uso de dinheiro de bancos públicos para bancar programas sociais.
Apoiador das eleições para outubro deste ano, o senador peemedebista Valdir Raupp (RO) defende que o pleito aconteça junto com as eleições municipais. “Não é uma PEC [Proposta de Emenda á Constituição], mas poderá, diante de um entendimento, futuramente, ser lançada não por mim, mas por um conjunto de senadores ou parlamentares do Senado e da Câmara.”
Para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a ideia é utópica: “Temos de parar de enganar a população lançando ideias utópicas que não vão ter resultado prático”. PSB, PPS e Rede se reúnem nesta terça (5) para discutir o assunto.
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