A Comissão da Verdade do Rio faz nesta segunda-feira (24) diligência de reconhecimento à antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Rua da Relação, no centro da capital.
A visita, que estava marcada para o dia 14 deste mês, foi adiada pela Polícia Civil que administra o prédio.
O local foi palco de repressão e tortura contra presos políticos, desde o governo de Getúlio Vargas até a ditadura militar instaurada com o golpe de 1964.
A comissão e entidades da sociedade civil reivindicam que o imóvel, atualmente em reforma para ser transformado em Museu da Polícia Civil, seja destinado a um espaço de memória das vítimas da ditadura, da resistência e das lutas sociais.
A comitiva será composta por ex-presos políticos que passaram pelo local no período de 1964 a 1977 e por representantes do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
A partir dos testemunhos dos ex-presos, serão identificados os elementos arquitetônicos e de uso que devem ser preservados. A expectativa da comissão é que, com essa visita, consiga-se mais informações para contribuir no tombamento definitivo do prédio.
O prédio, fechado desde 2008, tem 6 mil metros quadrados e foi construído em 1910 para ser sede da Polícia Central do Brasil, quando o Rio era a capital do país.
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