“Condução coercitiva é elemento para golpe de estado”

O professor de História Contemporânea da USP, Lincoln Secco (Foto: arquivo pessoal)
O professor de História Contemporânea da USP, Lincoln Secco (Foto: arquivo pessoal)

A condução coercitiva do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para depor na manhã desta sexta-feira (4) na unidade da Polícia Federal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é expediente de golpe de estado e abre caminho para uma polarização ainda mais aguda entre os defensores de Lula e da presidenta Dilma Rousseff e os oposicionistas aos governos petistas. É o que defende Lincoln Secco, professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo.  

“A condução coercitiva é elemento para um golpe de estado, porque ela toca em um mito de nossa democracia, que é Lula, e é a primeira vez que isso ocorre com um ex-presidente. Nem mesmo com Fernando Collor de Mello aconteceu uma humilhação desse tipo. Isso vai ter consequências sérias, não só para o PT, mas para a política brasileira.”

A ação da PF  integra a 24ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Alethea, e também foi realizada em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia.

Leia mais: 

Renato Janine Ribeiro: condução coercitiva partiu por ódio ou vaidade de quem ordenou 

“Aqui não é 1964”, diz Jamil Murad

Bresser-Pereira condena condução coercitiva de Lula: “STF precisa intervir na Operação Lava Jato”

Violência contra Lula afronta o País e o estado de direito

Veja também editorial de Hélio Campos Mello, diretor de redação de Brasileiros 




Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.