A condução coercitiva do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para depor na manhã desta sexta-feira (4) na unidade da Polícia Federal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é expediente de golpe de estado e abre caminho para uma polarização ainda mais aguda entre os defensores de Lula e da presidenta Dilma Rousseff e os oposicionistas aos governos petistas. É o que defende Lincoln Secco, professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo.
“A condução coercitiva é elemento para um golpe de estado, porque ela toca em um mito de nossa democracia, que é Lula, e é a primeira vez que isso ocorre com um ex-presidente. Nem mesmo com Fernando Collor de Mello aconteceu uma humilhação desse tipo. Isso vai ter consequências sérias, não só para o PT, mas para a política brasileira.”
A ação da PF integra a 24ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Alethea, e também foi realizada em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia.
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