O corpo do administrador de empresas e piloto de helicóptero Thomaz Rodrigues Alckmin, de 31 anos, filho mais novo do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi enterrado no final da tarde desta sexta-feira (3), em Pindamonhangaba, cidade a 156 km da capital paulista de onde a família Alckmin é oriunda. Ele morreu nesta quinta-feira (2), por volta das 17h30, quando o helicóptero em que ele estava com outras quatro pessoas caiu em Carapicuíba, na grande São Paulo.
O velório de Thomaz começou ainda na madrugada desta sexta-feira, em um dos salões do hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, e durou até o início da tarde, quando o cortejo levou o caixão para o interior. Ele foi enterrado no mesmo cemitério onde está o pai do governador, Geraldo Rodrigues Alckmin, e outros membros da família.
Diversas autoridades e artistas amigos da família do governador foram ao local do velório, como os apresentadores de televisão Tom Cavalcante e Ronnie Von, além de muitos políticos de diversos partidos. A presidenta Dilma Rousseff decidiu no fim da noite de quinta-feira viajar para São Paulo para prestar condolências a Alckmin pessoalmente. Ela chegou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ao aeroporto de Congonhas e foi direto para hospital, onde chegou por volta das 12h45, acompanhada dos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
Além dela, estiveram presentes no velório o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o vice-governador do Estado, Márcio França (PSB), os senadores tucanos José Serra e Aécio Neves, o ministro das cidades, Gilberto Kassab (PSD), o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy (PT), o ex-deputado federal Walter Feldman (PSB) e o deputado federal Celso Russomano (PRB), entre outros.
‘Todos nós, paulistas e brasileiros, estamos sentindo essa perda. Eu, que tenho três filhos, fiquei pensando como seria perder um dos meus filhos queridos”, disse Suplicy na saída do velório.
Manifestações tardias
Com certo atraso, a maioria da alta cúpula dos políticos brasileiros se manifestaram nesta sexta-feira (3) sobre a morte do filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Curiosamente, foram membros do PT, principal adversário político do PSDB, partido de Alckmin, que se manifestaram primeiro, ainda na noite de quinta (2), quando a morte de Thomaz foi confirmada. O ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff se anteciparam e postaram mensagens logo depois do anúncio oficial por parte do governo paulista.
“Com muito pesar e tristeza, apresento ao governador Geraldo Alckmin e a sua esposa Senhora Maria Lúcia Alckmin meus sinceros e profundos pêsames pela morte de seu filho Thomaz Alckmin, que estava entre as vítimas do trágico acidente de helicóptero, ocorrido em São Paulo. Presto, neste momento de dor e consternação, minha solidariedade e sentidos pêsames aos pais, familiares e amigos das vítimas”, escreveu Dilma Rousseff em seu perfil no Facebook.
Um pouco mais cedo, às 23h, o ex-presidente Lula também se manifestou pela mesma ferramenta virtual. “Nessa hora de dor e tristeza por uma perda irreparável, prestamos nossos sentimentos e nossa solidariedade para o governador Geraldo Alckmin, a primeira-dama Lu Alckmin, para a esposa, os irmãos e filhas do jovem Thomaz Alckmin”, postou o petista.
Na manhã desta sexta-feira, o candidato presidencial tucano do ano passado e senador por Minas Gerais, Aécio Neves, postou uma mensagem na redes social enviando condolências a Alckmin. “Minha mãe, minhas irmãs, Letícia e eu estamos profundamente consternados com o trágico falecimento do Thomaz, filho dos amigos Lu Alckmin e Geraldo Alckmin, e das demais vítimas desse acidente. Que Deus possa dar a todos os familiares e amigos força e coragem para enfrentar esse momento tão difícil”, afirmou. O senador suplente de José Serra e ex-deputado federal José Aníbal se manifestou em sua conta no Twitter. “A perda de um filho é dor sem fim. Muita fé e força para o Geraldo, Lu, irmãos, mulher e filhos do Thomaz”, escreveu.
O acidente
O filho mais novo do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o administrador de empresas Thomaz Rodrigues Alckmin, de 31 anos, foi uma das vítimas do acidente com um helicóptero no fim da tarde, em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo. Além dele, outras quatro pessoas morreram na queda: o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, de 42 anos, Erick Martinho, de 36 anos, e Leandro Souza, de 34 anos. Segundo as primeiras informações, ele não estava no comando do equipamento e havia pedido para embarcar de última hora, para acompanhar um voo teste.
Thomaz também pilotava helicópteros e estava como co-piloto na aeronave que caiu em um condomínio na altura do km 26 da Rodovia Castello Branco. A aeronave pertencia à Seripatri Participações, empresa de propriedade de José Seriperi Júnior, dono da companhia de planos de saúde Qualicorp. Thomaz deixa uma filha de 10 anos, Isabela Trombelli Alckmin, fruto de um relacionamento com uma ex-funcionária do Palácio dos Bandeirantes, e outra que nasceu há um mês, Júlia, que teve com a que era sua atual esposa, Taís, casado desde 2011.
Na manhã desta sexta-feira (3), a Aeronáutica informou, por meio da assessoria de imprensa, que está apurando o caso e que o equipamento estava com o Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia. A aeronave era da marca francesa Eurocopter, modelo EC 155, tinha prefixo PPLLS, e matrícula PPLLS.
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