Cunha ajuda Temer a escolher novo advogado-geral da União

Michel Temer e Eduardo Cunha decidem juntos novo possível governo. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Michel Temer e Eduardo Cunha decidem juntos novo possível governo. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Se a presidenta Dilma Rousseff realmente for afastada por 180 dias da Presidência por ordem do Senado, o vice-presidente Michel Temer assume a vaga, mas ele não estará sozinho.

Se isso acontecer, Temer vai governar o País com um conselheiro especial, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que é acusado de receber propinas milionárias e manter contas ilegais no exterior.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, Cunha trabalhou com Temer na escolha de ao menos um dos nomes que podem compor o ministeriado do PMDB. Alexandre de Moraes, atual secretário de Segurança de São Paulo, seria o nome para ocupar a vaga de José Eduardo Cardozo (PT-SP) na Advocacia-Geral da União.

Cunha e Moraes são velhos companheiros. Em 2014, quando ainda não era secretário de Segurança e atuava como advogado, Moraes defendeu o parlamentar em um processo em que era acusado de usar documento falso e conseguiu sua absolvição no STF (Supremo Tribunal Federal).

Documento falso?

Sim. Ao menos de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, que acusava Cunha de ter apresentado documento falso para tentar suspender processo que apurava sua gestão da Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2000. O processo corria no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

Moraes alegou que Cunha não sabia da falsificação, embora o documento tenha sido usado em sua defesa.

Ao jornal, o presidente da Câmara nega ter feito lobby junto a Temer para que Moraes assuma vaga em um possível governo do PMDB.


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