O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, confirmou em delação premiada que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu propina para liberar verbas do fundo de investimentos do FGTS. Cleto é o sétimo delator a citar Cunha na Operação Lava Jato.
O depoimento do ex-vice da Caixa é importante porque ele próprio foi indicado por Cunha para o cargo. Suas declarações, que ainda precisam ser assinadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirma delações anteriores segundo as quais, Cunha cobrou R$ 52 milhões de propina para liberar a verba para o projeto de Porto Maravilha, no Rio, pela empreiteira Carioca Engenheira.
Cleto passou a negociar sua delação premiada depois que ter sido alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em dezembro do ano passado, cinco dias após ter sido exonerado do cargo.
Supremo
Na semana passada, o Supremo acolheu dois inquéritos que tramitam em segredo de Justiça. Eles investigam se Cunha usou seu mandato para a prática de crimes.
Procurado pelo jornal Folha de S.Paulo, cunha respondeu que “não conhecemos a delação”.
Deixe um comentário