Alvo de repúdio nas últimas manifestações do plenário da Câmara, principalmente na condução do processo de abertura do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no último dia 17 de abril, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, disse que entrará com medidas de retração.
Acusado de quebra de decoro parlamentar, por omitir contas bancárias no exterior, e de receber US$ 4 milhões em propina no caso do Petrolão, Cunha foi chamado de corrupto, bandido e gangster, durante pronunciamentos de parlamentares na Câmara antes da declaração de seus votos.
“Vou entrar com queixa-crime no Supremo Tribunal Federal e representar na Corregedoria da Câmara contra todos os que estão saindo da crítica política e partindo para a agressão e ofensa pessoais”, afirmou.
Cunha comparou o PT, legenda que tem cravado as falas mais fortes contra ele, a uma organização criminosa, e afirmou que não vai cair na tentativa “de golpe”, reagindo “ao destempero deles”.
“É o desespero de quem vai perder suas boquinhas, de quem está saindo do governo, que não se conforma com o resultado da votação”, afirmou.
Mesa tomada
Depois de muita obstrução, polêmicas e negociações envolvendo o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e líderes partidários, o plenário da Câmara aprovou no final da noite de ontem (27), por 221 votos a favor, 167 contra e uma abstenção, a criação de duas novas comissões técnicas permanentes na Casa: Defesa dos Direitos da Mulher e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
Lideradas por Luiza Erundina (PSOL), diversas parlamentares reagiram à criação das comissões, que, segundo elas, podem comprometer conquistas históricas das mulheres. Elas invadiram a mesa e ocuparam o lugar de Cunha, que foi derrotado na primeira votação.
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Com Agência Brasil
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