Neo aliado do vice-presidente Michel Temer em favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apareceu na Casa Legislativa na terça-feira (5) em pleno recesso parlamentar para, segundo ele, cumprir uma agenda de despachos internos. Saiu de lá indeferindo um pedido de impeachment contra Temer.
O pedido foi protocolado em dezembro pelo advogado Mariel Márley Marra. De acordo com ele, o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional – em um espécie de “pedaladas fiscais”.
Esse é o segundo pedido de afastamento de Temer arquivado pelo correligionário. O primeiro era do deputado Cabo Daciolo (sem partido-RJ).
Temer
Entre novembro de 2014 e julho de 2015, Temer, quando ocupou a cadeira da presidência, assinou sete decretos que abriram créditos de R$ 10,8 bilhões – volume financeiro três vezes superior ao da pedalada de Dilma.
De acordo com o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), Temer pode acabar incluído no processo de impedimento. “Se a conclusão for de que o vice também cometeu crime de responsabilidade, é óbvio que o processo de impeachment deve ser ampliado e os dois deverão ser colocados no mesmo banco dos réus”, ameaçou o tucano
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