A presidenta Dilma Rousseff atingiu neste mês a maior taxa de reprovação de um governo brasileiro desde o ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (18), pelo Datafolha, 62% das pessoas consideram o trabalho dela ruim ou péssimo, enquanto 24% acham regular e 13% acreditam ser bom ou ótimo. A aprovação dela só é melhor que a dos ex-presidentes Itamar Franco, em 1993, quando somou 12% de aprovação em meio a crise do Orçamento na Câmara, e de Fernando Henrique Cardoso, em 1999, que teve os mesmos 13% no período mais forte de desvalorização do real.
Em setembro de 1992, às vésperas do impeachment, o governo de Collor foi considerado ruim ou péssimo por 68% da população.
O instituto ouviu 2.842 pessoas entre segunda (16) e terça-feira (17), os dois dias seguintes ao protesto contra o governo em diversas capitais do Brasil. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Em comparação com os dados de fevereiro, Dilma Rousseff teve um decréscimo de 18 pontos em sua avaliação.
O Datafolha ainda lembrou que a pior aprovação do antecessor de Dilma, o ex-presidente Lula, foi de 25% em dezembro de 2005, quando o então deputado José Dirceu (PT) foi cassado depois das acusações do escândalo do mensalão.
A pesquisa também refletiu a descrença dos brasileiros em relação ao parlamento do País: para metade deles, 50%, a atuação do Congresso Nacional é ruim ou péssima, enquanto apenas 9% consideram que o trabalho do Legislativo é bom ou ótimo. É uma das piores avaliações da história do parlamento desde a redemocratização. Em 1993, logo após o impeachment de Collor, 56% das pessoas consideravam o trabalho dos deputados e senadores ruim ou péssimo.
O Palácio do Planalto não se manifestou sobre os dados divulgados. Para acessá-los, clique aqui.
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