Dilma denuncia hoje na ONU tentativa de golpe no Brasil

 Dilma em discurso na ONU - Foto Divulgação/Arquivo
Dilma em discurso na ONU – Foto Divulgação/Arquivo

A presidenta Dilma Rousseff vai aproveitar sua viagem aos Estados Unidos, nesta sexta-feira (21), para denunciar o golpe contra seu mandato na tribuna da ONU (Organização das Nações Unidas). Dilma irá a Nova York participar da assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança Climática.

A expectativa é que o discurso central da presidenta seja a necessidade de mudanças climáticas no mundo. Mesmo assim, parte dos cinco minutos de seu discurso pode ser usada para tratar do golpe. Para tentar minimizar seu discurso, a Câmara dos Deputados bancou a viagem de dois deputados da oposição a Nova York. Lauro Filho (PSB-SP) e José Carlos Aleluia (DEM-BA) querem lugar na plateia e depois voz diante da imprensa internacional para evitar que “o mundo escute a versão errada do que está acontecendo no Brasil”.

Depois da manifestação de apoio recebido pela presidenta ao desembarcar no Estados Unidos, integrantes do grupo ativista de direita MBL (Movimento Brasil Livre) arrumou as malas e viajou para os Estados Unidos para se manifestar contra a presidenta.

Depois de seu discurso na tribuna, Dilma pretende conceder uma nova entrevista aos correspondentes estrangeiros, tal como fez na última terça-feira (19), quando declarou que o Brasil “tem um veio golpista adormecido” e acusou o vice-presidente Michel Temer de conspirar contra sua gestão, observando que uma eleição indireta foi a única forma que o grupo político ligado ao vice encontrou para chegar ao poder: “Quem pretende me substituir não tem esses 54 milhões de votos. Estão tentando fazer uma eleição indireta travestida de impeachment”, disse a presidenta a um grupo de mulheres no Palácio do Planalto na noite desta terça.

Além de Dilma, o PT também planeja denunciar o golpe fora do País. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, declarou que a legenda irá esclarecer a população e os demais países de que não haverá paz nem tranquilidade sob um governo ilegítimo. Falcão disse ainda que Dilma já recebeu declarações de apoio e de solidariedade internacional, e agradeceu o empenho dos movimentos sociais, artistas, intelectuais e juristas.

A presidenta, que embarcou na quinta-feira deve voltar no sábado (23). Quem assumiu o cargo foi o vice-presidente Michel Temer, a quem Dilma tem acusado de  “traidor” e  “conspirador”. 


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