A presidenta Dilma Rousseff deve aproveitar sua ida aos Estados Unidos, nesta quinta-feira (21), para denunciar o golpe contra seu mandato na tribuna da ONU (Organização das Nações Unidas). Dilma irá a Nova York para participar da assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança Climática, na sexta-feira.
A presidenta pretende conceder uma nova entrevista aos correspondentes estrangeiros, tal como fez na última terça-feira (19), quando declarou que o Brasil “tem um veio golpista adormecido” e acusou o vice-presidente Michel Temer de conspirar contra sua gestão, observando que uma eleição indireta foi a única forma que o grupo político ligado ao vice encontrou para chegar ao poder: “Quem pretende me substituir não tem esses 54 milhões de votos. Estão tentando fazer uma eleição indireta travestida de impeachment”, disse a presidenta a um grupo de mulheres no Palácio do Planalto na noite desta terça.
Além de Dilma, o PT também planeja denunciar o golpe fora do País. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, declarou que a legenda irá esclarecer a população e os demais países de que não haverá paz nem tranquilidade sob um governo ilegítimo. Falcão disse ainda que Dilma já recebeu declarações de apoio e de solidariedade internacional, e agradeceu o empenho dos movimentos sociais, artistas, intelectuais e juristas.
A presidenta deve embarcar para os EUA na quinta-feira e voltar no sábado. Quem assumirá o cargo é o vice-presidente Michel Temer, a quem Dilma tem sistematicamente acusado de ser um “traidor” e um “conspirador”. Na próxima semana, Dilma deve viajar a Salvador para uma cerimônia de entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida.
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