Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (13), a presidenta Dilma Rousseff voltou a dizer que pretende resistir “até o último minuto” ao processo de impeachment e que nas contas do governo ela sairá vitoriosa da votação marcada para o próximo domingo (17).
Segundo a presidenta, no dia seguinte, ela vai propor um “pacto” sem considerar “vencedores nem derrotados”. “Vou oferecer um processo de diálogo. Temos de olhar todos os lados do Brasil, mas respeitar as conquistas já adquiridas”, disse. Será “uma proposta de nova repactuação de todas as forças políticas sem ter vencidos nem vencedores. Não se faz pacto com ódio”, afirmou ao estender o convite à oposição.
Sobre a possibilidade de novas eleições, disse que respeita a ideia, embora não seja sua “visão”. “Não vou ficar neste momento discutindo uma hipótese [convocar novas eleições] que contraria o que eu defendo. Acho que temos todas as condições de ganhar no Congresso Nacional […] Eu respeito a proposta que passe pelo voto popular. A minha visão não é essa, mas eu respeito.”
A petista voltou a criticar o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB: “Chamei de chefe do golpe e de vice-chefe do golpe. Só não sei quem é o chefe e o vice-chefe. Vocês também não sabem. São associados. Um não age sem o outro. Aqui ninguém é ingênuo.”
Quando questionada sobre o apoio de parte do empresariado, Dilma mostrou certa irritação. “Não há pecado em ser empresário”. Mas “se você defende a interrupção de um mandato legalmente constituído (…) você é golpista. Não interessa o que você seja”. Para a presidente, entretanto, a atitude que ela chama de “golpista” é mais presente no meio político. “No Congresso aparece com maior nitidez”, afirma.
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