Dilma quer reajustar Bolsa Família, mesmo se deixar a Presidência

Presidenta Dilma quer garantir a melhora do Bolsa Família. Foto: Roberto Stuckert Filho/Fotos Públicas (26/04/2016)
Presidenta Dilma quer garantir a melhora do Bolsa Família. Foto: Roberto Stuckert Filho/Fotos Públicas (26/04/2016)

A presidenta Dilma Rousseff, preocupada com o destino do País, quer reajustar o valor do Bolsa Família, mesmo que o Senado decida por seu afastamento. Ou seja, ela pretende reajustar o benefício antes que um possível governo PMDB assuma o poder e mude o rumo de suas iniciativas.

O vice-presidente tem prometido aumentar o benefício se assumir a Presidência, mesmo com Dilma no cargo. Ele, inclusive, já elegeu os nomes para compor seu possível governo, ignorando o governo da presidenta.

O aumento planejado por Dilma deve atingir R$ 1 bilhão, levando-se em conta o reajuste global do benefício.

O tema foi discutido na segunda-feira (25) durante reunião com CUT, MST e MTST. 

Dilma tenta aproveitar todo tempo possível para concluir programas sociais que interessam à sociedade e aos movimentos sociais a fim de evitar que Temer se beneficie de políticas já em andamento e que não são o carro-chefe de governos do PMDB.

Em entrevista à rede de TV norte-americana CNN, a presidenta afirmou que fará de tudo para ficar no cargo e voltou a criticar o presidente da Câmara Eduardo Cunha. Questionada se sobreviverá ao impeachment, Dilma disse que sim, e que lutará para sobreviver ao afastamento.

“Todos os presidentes ou primeiros-ministros da Europa que tiveram taxas de desemprego de 20% teriam que sofrer processo de impeachment, porque também tiveram profundas quedas na popularidade”, disse Dilma à CNN. “Todos os que fizeram o impeachment contra mim, não estou falando da base, mas das lideranças, têm processos de corrupção, têm denúncias de corrupção, principalmente o presidente da Câmara”, acrescentou.

Cunha enfrenta processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, após mentir sobre a existência de contas bancárias no exterior. Ele também é acusado de receber propina da Petrobras. O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, confirmou o repasse de dinheiro oriundo do esquema de propina na Petrobras ao presidente a Cunha, durante depoimento. Baiano disse que os pagamentos eram feitos em espécie e que os repasses ocorreram em 2011 e 2012.



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