Dilma vai a Nova York falar na ONU; Temer assume a Presidência

Dilma desce a rampa para receber mulheres que lhe prestavam apoio em frente ao Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/Fotos Públicas (19/04/2016)
Dilma desce a rampa para receber mulheres que lhe prestavam apoio em frente ao Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/Fotos Públicas (19/04/2016)


A presidenta Dilma Rousseff viajou para Nova York, nesta quinta-feira (21), para discursar na reunião de assinatura do
Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, que acontece na ONU (Organização das Nacões Unidas), quando deve defender o seu mandato e repetir que está sofrendo um golpe parlamentar com a aprovação do impeachment pela Câmara dos Deputados, no último domingo (17).

Com a saída da presidenta do País, o vice Michel Temer assume o posto pela primeira vez desde que foi instalada a crise do governo com o pedido de afastamento por acusações de crime de responsabilidade.

Além da presidenta, devem discursar sobre o meio ambiente os presidentes da França, François Hollande, da Argentina, Maurício Macri, da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Michelle Bachelet, e o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.

A estratégia do Palácio do Planalto gerou polêmica entre membros da oposição, que decidiu enviar parlamentares a Nova York no intuito de que eles possam contrapor as falas de Dilma.

A informação de interlocutores do governo é que a presidenta foi convencida a fazer a viagem para pregar ao mundo que está sofrendo um golpe. De acordo com análises internas do Palácio do Planalto, Dilma não possui alternativa, porque a admissibilidade do processo de impeachment no Senado é dada como praticamente certa. Aí, a saída seria criar uma pressão internacional contra o processo e angariar apoio popular.

A aposta é que os movimentos sociais voltem a organizar grandes manifestações contra o processo de afastamento, e que, com o tempo, a sociedade perceba que o vice-presidente, Michel Temer, não teria apoio para assumir o poder. De acordo com o ministro-chefe do Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, em entrevista à imprensa internacional “está clara a existência de um golpe dissimulado para tomar a presidência da República”.

Wagner disse que, em Nova York, a presidenta falará sobre o momento político brasileiro. “Ela não poderá deixar de manifestar sua indignação com o golpe que está se construindo no Brasil; que o processo em curso é artificial e falso, porque Dilma é uma mulher honesta que não cometeu nenhum crime, e o que está havendo no país é o mau uso do impeachment”, disse. Com informações da Agência Brasil.


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