O déficit previsto pelo governo interino de Michel Temer, de R$ 170 bilhões, seria coberto com folga se as 135 pessoas físicas e jurídicas que mais devem impostos federais quitassem suas dívidas, estimadas em R$ 272,1 bilhões. Esse dinheiro cobriria o rombo e ainda sobraria R$ 100 bilhões.
Os maiores devedores são as indústrias de transformação, responsável por 27,4% do débito total. As empresas de comércio e reparação de veículos aparecem na sequência, com 23,59% da dívida, informa o jornal Folha de S.Paulo.
Cerca de 41,85% das dívidas estão em São Paulo, seguido de longe por Rio de Janeiro, com 16,71%. A lista foi formulada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Em maio, o governo anunciou que a meta fiscal de 2016 terá um déficit primário recorde de R$ 170,5 bilhões. A solução encontrada pelo interino foi o anunciar o envio de um projeto para o Congresso que altera a Constituição para criar um teto para o crescimento dos gastos, o que pode afetar áreas sociais.
A ideia é que os porcentuais obrigatórios para setores como saúde e educação possam ser alterados para se adequar ao crescimento da inflação do ano anterior.
Outras medidas impopulares também estão em discussão, como aumento de impostos e reforma da previdência. “As despesas do setor público estão em trajetória insustentável. Lá na frente, vamos condenar o povo à dificuldade extraordinária”, argumentou Temer.
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