Um dos sócios e ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro – condenado a 16 anos de prisão – inocentou o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva em delação premiada. Em depoimento à Polícia Federal, Pinheiro afirma que as obras da empresa no suposto tríplex de Lula no Guarujá (litoral paulista) não foram contrapartida a qualquer negociação, mas um agrado da empresa ao ex-presidente.
Segundo o empresário, as obras no sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, também tiveram a intenção de agradar a Lula, informa reportagem do jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o empresário, Lula não fez qualquer pedido, nem entrou em contato com a companhia, que tocou as obras no apartamento depois que o prédio foi incorporado por ela.
Sobre a reforma no sítio, o contato teria sido feito em 2010 pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que também disse à PF que teria sido ele quem pediu as obras. No apartamento do Guarujá, a companhia gastou R$ 1 milhão na reforma, mas família do ex-presidente não se interessou pelo imóvel.
Condenado em agosto do ano passado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Pinheiro chegou a ficar seis meses na cadeia, mas saiu depois de decisão do Supremo Tribunal Federal, em fevereiro deste ano, que só autoriza prisão depois de sentença judicial em segunda instância.
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