Em posse, Dilma dá destaque para corrupção e educação

Dilma Rousseff assumiu nesta quinta-feira (01) seu segundo mandato à frente da Presidência do Brasil e iniciou o discurso dizendo que “volto a esta Casa com a alma cheia de alegria, responsabilidade e esperança” De acordo com a presidente, o povo reconheceu o projeto do governo petista e deu “o apoio mais durador da história do Brasil”. “A partir do trabalho extraordinário começado pelo presidente Lula, temos hoje a primeira geração que não vivenciou a tragédia da fome. Nunca tantos brasileiros ascenderam às classes médias e conquistaram tantos empregos com carteira assinada”, destacou. Sem citar o escândalo da Petrobras, Dilma afirmou que “nunca” o país passou por um período tão longo sem crises institucionais e que “nunca se puniu tanto a corrupção, em todos os níveis”. Ela afirmou que é preciso fazer mais para que o povo tenha a certeza de que todos podem ser punidos. Segundo a mandatária, “a corrupção rouba o poder legítimo do povo”. Ressaltando que nunca foi ligada a nenhum caso corrupção, mas destacando o amplo poder de defesa, ela disse que o problema “precisa ser extirpado”. Ela afirmou que enviará ao Congresso, ainda no primeiro semestre, um novo pacote de medidas para o combate à corrupção no Brasil.
   
Ao falar da Petrobras, Dilma disse que a companhia tem “86 mil empregados dedicados, honestos e sérios” e que todos foram atingidos por ações de determinados funcionários.. “A Petrobras vinha passando por um vigoroso processo de remodelação e agora vamos aplicar a mais rigorosa estrutura de investigação. Ela se tornou a maior empresa do mundo para a prospecção de petróleo em águas profundas e nós precisamos defender a Petrobras de seus inimigos interno e externos. Por isso, vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito e fortalecê-la cada vez mais. A Petrobras é maior que qualquer crise”, disse a presidente.

   
Rousseff voltou a falar sobre o desejo dos brasileiros, e disse que a mudança tão falada durante as campanhas é algo que ela também deseja. “Em meu primeiro mandato, o Brasil superou a extrema pobreza. Mas, sei que o fim da miséria é só o começo. É hora de melhorar o que está bom e corrigir o que é preciso. Ao invés de garantir o mínimo necessário, temos que lutar para oferecer o máximo possível. Vamos precisar de paciência, coragem, persistência e equilíbrio para vencermos os obstáculos”, disse.

   
– Economia: A presidente ressaltou que fará os ajustes necessários na economia, sem prejudicar os mais pobres. “Assim como provamos que é possível crescer e gerar renda, vamos fazer ajustes na economia sem gerar pobreza e trair nossos princípios”. Apesar da crise, Dilma ressaltou que a inflação permaneceu abaixo do teto da meta em todos os anos de seu mandato, mas que sabe que tem muito com “o que se preocupar”. Ressaltando a importância internacional da economia brasileira, ela ressaltou que a dívida líquida do setor público é menor agora do que o início de seu mandato e que nunca houve tantos investimentos estrangeiros diretos no Brasil como em seu governo.

   
“Precisamos avançar mais e melhor. Vamos criar ações firmes e sóbrias e um ambiente mais favorável aos negócios, estimulando a competitividade e reduzindo a burocracia. Tudo isso voltado para o mais importante: a manutenção do emprego e a valorização do salário mínimo”, falou. Ela reconheceu que o Brasil precisa voltar a crescer e que “os primeiros passos para isso passam pelo ajuste das contas públicas, um aumento da poupança interna e faremos isso com efeitos mínimos para a população”.

   
– Reforma Política: Uma das prioridades do novo governo Dilma será a reforma “urgente” da política. Ela quer a ajuda do povo para fazer uma “ampla e profunda” mudança no setor, mas disse que a reforma é uma “obrigação constitucional do Estado”.   – Novo lema governamental: Dilma anunciou ainda que o novo lema de seu governo é “Brasil: Pátria Educadora”. “Trata-se de lema com duplo significado.

   
Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades. Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próximo”, ressaltou a presidente.

   
Segundo Dilma, “democratizar o conhecimento é universalizar o acesso a educação em todos os níveis e assegurar a todos os brasileiros uma educação de qualidade”. O aumento de recursos ao setor será feito ao longo de seu governo, com a entrada de mais recursos vindos dos royalties do petróleo e do pré-sal. A meta é colocar todas as crianças de 4 e 5 anos nas escolas até 2016 e da alfabetização na idade certa com educação em tempo integral. – Projetos Sociais:Lançando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), ela afirmou que haverá a construção de mais de mais três milhões de novas moradias do Minha Casa, Minha Vida e a continuação do programa Mais Médicos. Ela ainda afirmou que farpa mais investimentos em infraestrutura e na qualidade de conexão de internet.

   
– Relações Exteriores: Dilma destacou que a prioridade de seu governo é a América do Sul, a América Latina e Caribe. Mas, que quer aumentar o comércio e as relações com a África, Ásia e Oriente Médio – sem esquecer dos membros dos BRICs (Rússia, China, África do Sul e Índia).

   
– Ditadura: Dilma se emocionou ao falar sobre a ditadura e disse que isso a aproxima dos brasileiros. Sem sentimentos de revanchismos, ela ressaltou que não tem medo de lutar e que o país vencerá todas as dificuldades.


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