Organizado por cineastas mulheres e trans do audiovisual paulistano, o evento “Arte e Cultura com Haddad” convidou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, nessa terça-feira (13), para se reunir com profissionais da cultura, como cineastas, músicos, artistas de rua, capoeiristas. Foram debatidas as políticas culturais abordadas durante seu mandato e as próximas pautas planejadas para a área. Logo no início de seu discurso, o prefeito disse que a cultura era a principal forma de resgatar valores.
Estavam presentes grandes nomes do cinema nacional como Anna Muylaert, Laís Bodanzky, Marina Person, o vereador Nabil Bonduki (PT-SP), a cartunista Laerte, o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, além da primeira-dama, Ana Estela Haddad.
Haddad disse que o “Brasil precisa acordar para entender o que está acontecendo no Congresso”. Segundo ele, estão destruindo os direitos de “maneira sorrateira”, principalmente os sociais e trabalhistas.
Ele também deu ênfase às políticas públicas voltadas para área de cultura em seu mandato, como a exibição de filmes gratuitos em mais de 14 CEUs, o sucesso do Carnaval de Rua de 2016 na cidade, que movimentou cerca de R$ 400 milhões de reais, a regulamentação da lei dos artistas de rua, além da lei de fomento à cultura de periferia, que inclui a participação de coletivos culturais com subsídio de até R$ 300 mil. Ainda expôs novas propostas, como a destinação de 1,9 % do orçamento para a área. Vale lembrar que em 2012, a verba prevista era de 1,2%.
Questionado pelo grupo de moradia “Moradores de Rua do Alcântara” sobre uma possível reintegração de posse, Haddad respondeu que escolheu justamente um espaço público para permitir todo tipo de manifestação, e convidou integrantes do grupo para uma conversa em seu gabinete para debater a situação da área ameaçada. “O importante é que a divergência aconteça de forma tolerante”, disse.
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