Fernando Haddad defende o resgate da política econômica do governo Lula

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Fotos Públicas (5 de janeiro de 2016)

Para o prefeito Fernando Haddad, o governo Dilma Rousseff tem de passar por mudanças. Em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do UOL, o petista defendeu o resgate da política econômica do governo Lula, segundo ele, voltada para a geração de empregos, e diz que Dilma tem de se reencontrar com as bases que a elegeram. “É preciso resgatar aquilo que justificava a nossa presença no poder central”. Sobre a baixa taxa de aprovação da presidenta, Haddad diz que não é esse o maior problema. “Impopularidade é da vida política. O pecado que você não pode cometer é não estar identificado com um projeto”.

Haddad também disse que o ajuste fiscal poderia ter sido resolvido em um ano e de forma menos dolorida, como foi feito nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Para ele, a turbulência política, incitada pela oposição no Congresso, afasta os investidores e piora ainda mais a situação econômica. “É visível que há dificuldade de retomada da base aliada, para promover as decisões necessárias à retomada econômica. É evidente que alguma coisa está acontecendo. Mas a própria oposição está fazendo uma autocrítica sobre o seu desempenho em 2015. Basta lembrar as últimas declarações do líder da oposição, que fez um mea-culpa, dizendo que estava jogando no quando pior, melhor”.

O prefeito defendeu que PT e PSDB dialoguem mais e superem as divergências para conseguir construir uma agenda comum. Também falou da boa relação que tem com Fernando Henrique Cardoso, decano do departamento de Ciências Sociais da USP, do qual Haddad também é professor. “A política não é guerra —ou pelo menos não deveria ser. Política é um embate de ideias. Eu divirjo de muitas coisas que o Alckmin faz. Ele provavelmente diverge de muitas coisas que eu faço. Mas nós mantemos uma relação institucional a mais profícua. É possível, dentro das nossas diferenças, construir uma agenda comum.”

Sobre as acusações a Lula na Operação Lava Jato, envolvendo um apartamento no Guarujá e um sítio em Atibaia, Haddad diz que o ex-presidente responderá a todos os ataques e mesmo assim deve ser o candidato do PT à Presidência da República em 2018. “O Lula é uma aroeira de força. Acho que o que estão fazendo com ele vai estimulá-lo a se candidatar. O Lula tem uma maneira muito própria de reagir às agressões que ele costuma sofrer na vida. Na minha opinião ele está sendo muito agredido e saberá reagir à altura, retomando um projeto no qual ele acredita”.

Quanto a sua própria candidatura, à Prefeitura de São Paulo, Haddad disse que se pronunciará a respeito em abril, mas adianta que enxerga Celso Russomano (PRB) como o principal adversário e quem deve liderar as pesquisas no começo da disputa.


Comentários

Uma resposta para “Fernando Haddad defende o resgate da política econômica do governo Lula”

  1. claro que defende….. se o al capone cair ele cai junto…..

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