A Frente Brasil Popular programou um grande calendário de manifestações contra o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff. O movimento definiu o dia 31 de maio como “Dia Nacional de defesa da Previdência, contra a reforma do governo golpista”. No dia 1º de junho haverá uma grande manifestação em Brasília, por ocasião da apresentação da defesa da presidenta Dilma no Senado.
No dia 6 de junho será realizado um “Ato Nacional contras as privatizações” na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. No dias 8 e 9 haverá uma “mobilização nacional do Campo e da Cidade” em defesa da Previdência Social e pela retomada do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Por fim, o dia 10 será um dia nacional de luta e paralisações contra o golpe, em todas as capitais do País.
A programação da frente foi definida em uma plenária em São Paulo, no último dia 21, que contou com a presença de representantes de 60 entidades nacionais que compõem o movimento. Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, MST, UNE, Central de Movimentos Populares, União Nacional dos Movimentos de Moradia, além das principais organizações de defesa dos direitos dos negros, das mulheres e movimentos culturais.
Também compareceram representantes do PT, PC do B, PCO e Consulta Popular. O ex-presidente Lula participou da discussão realizada sobre a conjuntura política e se colocou à disposição para ir às mobilizações da Frente contra o golpe.
O movimento avalia que manifestações contra o governo de Michel Temer vêm ganhando impulso no País e no exterior e já obrigaram o Planalto a recuar da extinção no Ministério da Cultura (Minc). Os dirigentes do PC do B defenderam a convocação de novas eleições, mas a tese (que é defendida pela Rede de Marina Silva) foi rejeitada pela imensa maioria dos presentes. Segundo a plenária, essa proposta encobre uma tentativa de responsabilizar pessoalmente a presidenta Dilma Rousseff pela derrota no Congresso Nacional, que resultou de uma intensa operação golpista liderada pela imprensa e pelas organizações patronais da indústria, do agronegócio e dos bancos.
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