Insatisfeita com o governo interino de Michel Temer (PMDB), a Frente Povo Sem Medo anunciou que vai convocar protestos em defesa de um plebiscito popular para decidir se devem ser convocadas novas eleições. A frente é composta pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outros movimentos.
De acordo com Carina Vitral, presidenta da UNE, o plebiscito visa devolver o poder de escolha para a população, uma vez que o presidente interino não foi eleito democraticamente: “A população é quem deve decidir se novas eleições devem acontecer ou não, uma vez o que direito de voto não foi respeitado”.
Segundo Vitral, a decisão tem o apoio de Dilma Rousseff. A presidenta afastada disse que irá convocar novas eleições mesmo que o impeachment seja barrado no Senado, pois esta é maneira mais correta de conduzir o processo de sua sucessão. “Uma proposta como essa só terá força para passar no Congresso Nacional se tiver força social. Se é de conhecimento que a democracia está em risco no Brasil, nada mais justo do que devolver ao povo o direito de decidir”, completou Vitral.
A Frente Brasil Popular, porém, ainda não tomou uma decisão sobre a ideia de convocar o plebiscito. Durante esta semana, as diferentes entidades que integram o movimento vão se reunir para analisar a ideia, uma vez que existem posições diferentes sobre essa proposta.
Para Flavia Marx, integrante da Frente Brasil Popular, essa é uma proposta que ainda precisa ser analisada por todo o grupo: “A nosso ver, o plebiscito é uma forte possibilidade de a presidenta Dilma voltar, mas ao mesmo tempo ela é limitada, pois teria que ter uma aprovação no Congresso. Tem todo uma questão do tramite de plebiscito que precisa ser estudado, por isso estamos avaliando”.
Desde que Dilma foi afastada do cargo, a Frente Povo Sem Medo vem organizando protestos em diversos Estados do País pressionando a saída de Michel Temer.
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