Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, foram a público neste domingo para comentar as manifestações contra o governo ocorridas em vários estados do País.
Os ministros defenderam a liberdade de expressão e ressaltaram que as duas manifestações, ocorridas na última sexta (13) e neste domingo, unem os manifestantes contra a corrupção. Ele acreditam também não haver espaços para retrocessos no sistema político. “A maior parte dos brasileiros, mesmo que divirja do governo, tem um claro compromisso com a democracia”, disse Rossetto.
De acordo com eles, a presidenta Dilma Rousseff apresentará nesta semana um pacote de mudanças -promessa de campanha- contra a corrupção e pelo equilíbrio das contas públicas. O governo reafirma sua disposição ao diálogo e de mudanças que leve o País à retomada da ordem. Os ministros também retomaram a defesa da reforma política, em especial o fim do financiamento empresarial de campanha.
Leia principais trechos da fala dos ministros:
Foram manifestações realizadas dentro da ordem democrática, padrões de legalidade e o absoluto respeito às autoridades, por essa situação apenas confirmo que o Brasil vive um estado democrático, que admite a divergência, a existência de opiniões contrárias e está muito longe de qualquer alternativa golpista.
Sem sombra de dúvida, um país que demorou para conquistar sua democracia e que tem os princípios democráticos definidos em sua constituição, assegurará a todos os brasileiros a liberdade de manifestação.
O Brasil está muito longe de golpismos.
É importante observar que o governo está atento e revela a disposição que sempre teve de ouvir as vozes das ruas, as manifestações de brasileiros e brasileiras e sempre estará aberto ao diálogo. Não há democracia sem diálogo e tolerância de posições divergentes, faz parte do ser democrático e o respeito a quem não pensa como gostaria que se expressasse. O Brasil é um estado democrático, o governo respeita o diálogo e as divergências, para que nós possamos encontrar a melhor alternativa para todo o País e todos os brasileiros e brasileiras.
Seja nas manifestações de sexta e nas e hoje há um ponto de identidade. Um combate firme e rigoroso à corrupção e à impunidade. Parece que hoje em todo o País, por força de tudo aquilo que foi investigado, é necessário dar continuidade permanente às investigações, punir quem precisa ser punido,e dotar o estado brasileiro de mecanismos.
É por isso que o governo que tem um clara postura de combate à corrupção, tem criado mecanismos que investigam a corrupção e essa semana haverá um anúncio de medidas contra a corrupção e contra a impunidade.
Estamos abertos para ouvir todos aqueles que defendem o governo como os que criticam. O diálogo está aberto a todos na perspectiva de contribuir com as novas medidas, além dessas que serão anunciadas nos próximos dias.
Nos parece indiscutível que a atual conjuntura aponta para uma necessária mudança para o nosso sistema político eleitoral. Ampla reforma política construída através do diálogo para que tenhamos um sistema político que fecha as portas para atos de corrupção.
Achamos também que não é mais possível ter o financiamento privado de campanhas eleitorais, precisamos construir um novo sistema.
As manifestações contrarias ou favoráveis ao governo são legítimos. O que não é aceitável é o golpismo,o a intolerância, o impeachment infundado, que agride a democracia, e a violência.
Não são aceitáveis as manifestações que pedem coisas do tipo como fora Tribunal Federal. Isso não é uma crítica à presidenta Dilma, é uma agressão à democracia.
O fato é que, diferentemente do que imaginávamos, é que a economia chegou ao final de 2014 abaixo do que nós esperávamos. Todos no governo temos a responsabilidade de gerar uma economia crescente.
O governo tomou a inciativa de apresentar um conjunto de medidas para arrumar as contas públicas para arrumar a economia.
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