Mais de 25 cidades italianas vivem um dia de caos nesta sexta-feira (14) devido a uma greve geral de 24 horas convocada por sindicatos de base para protestar contra as políticas e reformas impostas pelo primeiro-ministro, e pela União Europeia (UE).
Os sindicatos Cobas, Cud, Usi e ADL Cobas organizaram uma paralisação de serviços públicos e privados como forma de pressionar o governo contra a reforma trabalhista apresenta por Renzi, que altera os parâmetros de demissões e contratações de funcionários.
O projeto de reforma tem sido amplamente contestado pelas organizações sindicais italianas, mas é visto como um instrumento para impulsionar a economia do país, que sofre com a recessão. Renzi, que assumiu o governo em fevereiro de 2014, tinha prometido aprovar todas as reformas necessárias para destravar o sistema econômico e social da Itália, mesmo sendo impopulares.
Outros projetos, como a Lei de Estabilidade e a reforma educacional, também têm alterado os ânimos dos italianos. As organizações sindicais prevêem realizar uma série de manifestações ao longo desta sexta-feira, que devem atrair também estudantes, migrantes e trabalhadores. A previsão de público é de três mil pessoas somente em Roma.
“Da meia-noite de hoje, e pelas próximas 24 horas, ocorrerão piquetes, sit-in e ações em lugares importantes”, informou a Confederação dos Comitês de Base (Cobas). “Trata-se da primeira greve que durará exatamente 24 horas”, completou o porta-voz da Cobas, Piero Bernocchio.
Em Roma, as autoridades reforçaram os esquemas de segurança em vista dos mais de 10 protestos programados para ocorrer ao longo do dia. Um dos setores mais afetados pelas greves é o de transporte.
Diversos trens tiveram horários alterados e partidas canceladas.
Nos trens metropolitanos, o serviço operará no horário de pico, das 18h às 21h. Durante o período da manhã, das 6h ás 9h, os trens também circularam. O trecho entre Roma e o aeroporto de Fiumicino será feito com o trem “Leonardo Express”. Outros tipos de transportes públicos de Roma, como os ônibus, foram alterados por conta das paralisações. Na cidade de Milão, a maior parte dos serviços de transporte não operará normalmente nem nos horários de pico.
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