O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda não pediu investigação nem entrou em muitos detalhes, mas relata, em pedido de abertura de inquérito ao STF (Supremo Tribunal Federal), que o presidente interino, Michel Temer, recebeu doação de R$ 5 milhões por meio de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
A menção foi feita no pedido de investigação que Janot faz ao Supremo contra o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, do PMDB do Rio de Janeiro. De acordo com o texto, o peemedebista recebeu propina da empreiteira OAS em troca de conceder benefícios na Petrobras. O dinheiro teria sido usado em sua campanha derrotada para o governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
Sobre Temer, as palavras são breves. Mas adiantam que Pinheiro entregou a Temer R$ 5 milhões, dinheiro fruto da obtenção da concessão do aeroporto de Guarulhos, atualmente com a OAS, diz o jornal Folha de S.Paulo. “Léo Pinheiro afirmou que explicaria, pessoalmente, para Eduardo Cunha [sobre a doação], mas que o pagamento dos R$ 5 milhões para Michel Temer estava ligado a Guarulhos”, escreveu o procurador.
Janot não pede investigação específica para este caso, ao contrário de Alves. Diz o procurador: “Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS”.
Segundo o jornal, houve ao menos oito pedidos de recursos para Alves entre os dias 10 e 23 de outubro de 2014 feitos por Pinheiro, o responsável pela gravação, e o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também do PMDB carioca.
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