Empresário influente, apresentador nas horas vagas e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. João Doria Júnior já recebeu o apoio de Geraldo Alckmim (PSDB) para concorrer à cadeira de Fernando Haddad (PT) este ano. É especialmente por esta última razão que surpreende a notícia de que ele pediu favores pessoais ao presidente da Apex Brasil, agência do governo federal responsável por fomento à exportação.
E-mails enviados por funcionários de Dória no ano passado foram trocados com integrantes da comitiva de David Barioni, que como outras autoridades, participou de um fim de semana bancado por Doria em uma casa de luxo em Campos do Jordão, interior de São Paulo, com direito a massagens, spa e aperitivos na lareira.
Um do pedidos foi feito direto pela mulher do empresário, Bia Doria. Ao presidente da Apex e com Doria copiado, ela envia um e-mail pedindo patrocínio a uma exposição de suas obras fora do Brasil: depois do pedido, ela lembra que “está difícil alguma [empresa] me falar sim”. A resposta de Doria: “Barioni, aqui ao meu lado, vai avançar neste tema para você”, informa reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
Tanto a assessoria da Apex quanto do Grupo Doria confirmaram os pedidos, mas garantem que o dinheiro não foi liberado. Uma análise de técnicos da Apex teria barrado a liberação do dinheiro.
Na resposta, Doria e Barioni dizem que são amigos há mais de 20 anos e que o pré-candidato seria uma espécie de “guru”para o presidente da Apex. A intimidade é tanta que Doria daria alguns conselhos sobre a estratégia de comunicação da agência na divulgacão de seus programas. Em junho, por exemplo, o Dória indicou uma rádio para divulgação de propaganda.
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