O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quarta-feira (17) mais uma denúncia do Ministério Público Federal relacionada ao inquérito oriundo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Com isso, também passam a ser réus no processo o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras e pagamento de propina a partidos e agentes políticos e o executivo Júlio Almeida Camargo da empreiteira Toyo Setal.
Na ação penal, Moro, responsável pelo inquérito da Lava Jato na primeira instância, também aceitou denuncia contra o doleiro Alberto Youssef, apontado como operador do esquema. Preso na carceragem da Polícia Federal desde março, quando foi deflagrada a primeira etapa da operação, Youssef já consta como réu em outras ações penais derivadas das investigações.
Os quatro são acusados de cometerem crime contra o sistema financeiro além de lavagem ou ocultação de bens oriundos de corrupção. Nesta terça (16), Sérgio Moro abriu ação penal contra dez investigados ligados às empreiteiras Camargo Correa e UTC Engenharia. Com a abertura da ação de hoje, todos os 39 denunciados pelo Ministério Público Federal por envolvimento no esquema criminoso descoberto pela Operação Lava Jato se tornaram réus em ações penais oriundas da investigação.
Além do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foram denunciados em todas as ações da sétima fase da operação, tornaram-se réus na nova ação penal Dalton Avancini, Eduardo Hermerlino Leite e João Ricardo Auler. Todos são dirigentes da Camargo Correa. Segundo o Ministério Público, a empresa simulou contratos de prestação de serviços com preços superfaturados.
O presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, também passou a ser réu nesta ação. Segundo depoimentos de delação premiada, Pessoa coordenava o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.
Moro já aceitou denúncia contra executivos da Engevix, OAS, Galvão Engenharia e Mendes Júnior.
Deixe um comentário