Linha 5 do Metrô de SP vai ficar R$ 261 milhões mais cara

Metrô de São Paulo - Foto: Agência Brasil
Metrô de São Paulo – Foto: Agência Brasil

A Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo vai ficar R$ 260,8 milhões mais cara e vai demorar ao menos mais dois anos para ficar pronta. A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) assinou dois novos contratos para obras de “acabamento” e “acessos” em duas estações e no pátio de manutenção e estacionamento de trens que estão em construção na zona sul da capital, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

A assinatura dos contratos ocorreu uma semana depois que o Ministério Público do Estado entrou com uma ação judicial pedindo a condenação do Metrô e oito agentes públicos, entre os quais cinco ex-presidentes da companhia e o atual secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, pelo suposto abandono de 26 trens da Linha 5. As composições foram compradas em 2011 por R$ 615 milhões e estão paradas porque a conclusão da linha atrasou. O Metrô nega que exista prejuízo.

A obra da linha 5 também está sendo questionada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) devido ao enorme aumento de custos. O tribunal apura diferenças entre orçamentos e quantidade de material consumido na construção, que fizeram o orçamento da obra saltar de R$ 3,4 bilhões para R$ 4,5 bilhões. Em junho, o conselheiro Antonio Roque Citadini deu prazo de 60 dias para o Metrô explicar uma série de alterações feitas nos contratos. 

Somente no que diz respeito ao Pátio Guido Caloi, no Jardim São Luís, o custo das obras, que começaram em 2013, subirá 54%, de R$ 297,1 milhões para R$ 457 milhões. O novo contrato, no valor de R$ 159,9 milhões, foi assinado com o consórcio Via-Planova, com prazo de 21 meses de execução. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia prometido entregar esse pátio em 2015. Agora, a previsão é para o final de 2017.

O Metrô afirma que sua equipe de engenheiros “constatou a necessidade de reforçar as fundações do Pátio Guido Caloi” e que “as lajes de sustentação das paredes do estacionamento subterrâneo de trens (a 25 metros de profundidade) também sofreram alterações no método construtivo por causa das características arenosas do solo”.

Já o segundo contrato, no valor de R$ 100,1 milhões, foi assinado com a construtora Construcap para a execução de instalações hidráulicas, paisagismo, urbanismo e requalificação do entorno nas estações AACD-Servidor e Hospital São Paulo, que chegaram a ser prometidas para 2014 e também devem ser entregues até o fim de 2017. Esse trecho já está em construção pelo consórcio Carioca-Cetenco por R$ 458,5 milhões. “Houve a necessidade de contratação complementar por conta de intercorrências inerentes à complexidade do empreendimento”, afirma o Metrô.

Já a Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre São Paulo e Guarulhos, só deve entrar em operação em 2018 sem a conclusão do monotrilho que levará passageiros da estação de trem até os terminais do Aeroporto de Cumbica. A GRU Airport, responsável pelo aeroporto, anunciou que faria o modal até 2014, mas o projeto não saiu do papel. Agora, afirma que “está avaliando as alternativas técnicas” para conectar os terminais à estação”.


Comentários

Uma resposta para “Linha 5 do Metrô de SP vai ficar R$ 261 milhões mais cara”

  1. Mesmo enfrentando a grave crise econômica que o país vive, gerada pelos erros na condução da política econômica do governo Dilma, e sem a ajuda do Governo Federal, o governo Geraldo Alckmin mantém 8 obras de transporte sobre trilhos em andamento. Já os metrôs do Rio, Porto Alegre e Salvador, que contam com apoio do Governo Federal estão todos atrasados e custarão até o triplo do valor inicial.

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