Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente disse a deputados do PT e do PC do B, envolvidos na construção da frente pela democracia, que era necessário conseguir mais de 172 assinaturas antes de publicar o documento, pois 172 é o número de votos (ou de abstenções) que o governo precisará ter no plenário da Câmara no domingo para barrar o impeachment.
O ex-presidente montou um QG anti-impeachment num quarto de hotel, em Brasília. Até o início da noite de quarta-feira, Lula e os aliados ainda costuravam os apoios. Na manhã desta quinta, dirigentes do PC do B avisaram ao ex-presidente, segundo o jornal, que haviam superado a marca exigida por ele.
A presidente do PC do B, deputada federal Luciana Santos (PE), anunciou que vai protocolar ainda nesta quinta, na Câmara, o que chamaram de Frente Mista em Defesa da Democracia, com assinaturas de 186 deputados e 30 senadores. Segundo o documento, a frente se propõe a atuar “na defesa da democracia como princípio, dado o momento de grande complexidade no cenário da política brasileira, onde as instituições e a legitimidade do voto estão sendo postos em cheque”.
Lula acredita que, com a divulgação do manifesto, os parlamentares se comprometem em votar a favor do governo. Como o placar ainda é apertado, o ex-presidente considera que é necessário trabalhar até o “último minuto” antes da votação para conquistar os deputados ainda indecisos.
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