Em uma rápida entrevista coletiva, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), classificou o resultado contrário ao governo como um erro e disse que agora a luta é para revertê-lo no Senado.
“Os golpistas venceram, mas a luta continua nas ruas e no Senado. O Senado pode corrigir essa ação dos golpistas que foram capitaneados por aqueles que não tem autoridade moral para falar em ética”, declarou o líder.
Para ele, a derrota do governo apresenta um aspecto positivo. Para ele, será possível agora denunciar o “golpe” em curso: “O mundo inteiro começa a se levantar contra o impeachment”. Ele classificou ainda a votação com uma agressão à legalidade democrática e como um “desrespeito” a 54 milhões de votos que foram dados em favor da presidenta Dilma Rousseff.
“O governo Dilma, ao reconhecer essa derrota provisória, não quer dizer que a luta terminou. A guerra não terminou”, disse. Integrantes da base governista já falam que pretendem, também, reverter o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff por meio de uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal). Para a base do governo, existiram vícios de formalidade no processo da Câmara, como o cerceamento de defesa da presidente Dilma, assim como desvio de finalidade do impeachment.
Na votação deste domingo, por exemplo, poucos deputados se manifestaram sobre a acusação de Dilma: crime de responsabilidade por conta das pedaladas fiscais. “É claro que terá batalha na Justiça, mas essa parte fica com o ministro Cardozo [José Eduardo, advogado-geral da União]”, admitiu Guimarães.
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