Não é apenas o presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Fernando Capez, e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Luiz Roberto dos Santos, os únicos suspeitos de participarem de um esquema de fraudes na compra de produtos agrícolas para a merenda escolar. O Ministério Público acredita que o esquema se ramifique por diversos órgãos do governo do Estado, além das secretarias de Educação, Agricultura e 22 cidades.
Na semana passada, a Polícia Civil deflagrou a Operação Alba Branca, que investiga o superfaturamento de até 30% dos contratos de merenda em escolas paulistas. O dinheiro era pago pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) em forma de propina para garantir contratos de fornecimento de alimento às unidades escolares.
A investigação descobriu a falsificação de centenas de títulos de DAPs (Declaração de Aptidão ao Pronaf), um documento de identidade para agricultor ou associação utilizado para conseguir financiamento para o setor agrícola.
Os investigadores garantem que prefeitos, vereadores, funcionários públicos e autoridade do governo do Estado participam do esquema. “Nós estamos fazendo o levantamento de todas as prefeituras que celebraram esses contratos”, garantiu o procurador-geral Márcio Elias Rosa em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
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