Manifestantes anti-golpe fazem ato na passagem da tocha olímpica por Belo Horizonte

Manifestantes protestam contra o golpe em BH. Foto: Reprodução/Facebook/Articulação de Esquerda de Minas Gerais
Manifestantes protestam contra o golpe em BH. Foto: Reprodução/Facebook/Articulação de Esquerda de Minas Gerais

A passagem da tocha olímpica por Belo Horizonte neste sábado (14) assimilou o clima político existente no país. Desde o início do percurso, diversas pessoas manifestaram, por meio de palavras de ordem e cartazes, posição crítica em relação ao afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República e a temas como corrupção. Eles classificaram de golpe o processo em curso no país. Na Praça da Liberdade, houve também um ato contra o governador Fernando Pimentel, organizado pelo Vem Pra Rua, um dos movimentos que participaram da mobilização a favor do impeachment.

O trajeto da tocha na capital mineira teve início pela orla da Lagoa da Pampulha. O ponto de partida foi o Museu de Arte da Pampulha, com presença do prefeito Márcio Lacerda. Já ali, dezenas de manifestantes portavam cartazes com os dizeres “golpe nunca mais”. Manifestações espontâneas com o mesmo teor ocorreram em diversos locais do percurso.

No centro de Belo Horizonte, quem acompanhou a tocha se deparou ainda com uma manifestação no alto do edifício da Faculdade de Direito da UFMG. A instiuição está ocupada desde quinta-feira (11) por estudantes insatisfeitos com o afastamento de Dilma Rousseff. Com cartazes e palavras de ordem contra o impeachment, eles se prepararam para receber a tocha olímpica.

Na Praça da Liberdade, foi a vez de manifestantes favoráveis ao impeachment marcar presença. Organizados pelo movimento Vem Pra Rua, desta vez eles deixaram de ter como alvo central a presidenta afastada Dilma Rousseff. O centro do ato foi o governador mineiro Fernando Pimentel (PT). “É um ato espontâneo organizado de ontem para hoje. É onde a imprensa está toda reunida. Então é importante trazer uma pauta real. Viemos lembrar ao Pimentel que Minas Gerais agora está de olho nele”, disse o estudante Lucas Dornelas.

Os manifestantes portavam cartazes pedindo a saída de Pimentel do governo do estado. Eles lembravam também as denúncias da Operação Acrônimo. A Procuradoria-Geral da República denuncia o governador por beneficiar empresas na implementação de políticas públicas. Sua mulher Carolina Pimentel também é investigada, suspeita de receber verbais ilegais e repassar para a campanha do marido. Há duas semanas, a primeira-dama foi nomeada para a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Governo de Minas Gerais (Sedese), mas uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu o ato na última quinta-feira (12). O magistrado entendeu que houve desvio de finalidade.

 



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