Um dos principais movimentos de direita defensores do impeachment, o MBL (Movimento Brasil Livre) se juntou às bancadas evangélica e ruralista no Congresso para defender uma reforma econômica liberal, que reduza a participação do Estado na economia.
Os três grupos marcaram reunião para discutir o assunto na próxima terça-feira (3), informa o jornal Folha de S.Paulo. A ideia é pressionar o Congresso para que façam uma reforma trabalhista e aperte o ajuste fiscal.
Segundo Renan Santos, um dos líderes do MBL, “existe uma agenda que tem que ser adotada para o Brasil sair da crise e a gente vai ter que ser muito rígido”.
Ele acredita que o vice-presidente, Michel Temer, um dos líderes do impeachment, tem “boas intenções”, mas acha que, se assumir o lugar de Dilma, será pressionado a deixar as coisas como estão. “A gente sabe que existe todo um centrão fisiológico que vai querer empurrar o País para ficar como está”, disse.
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, José Mário Schreiner defende a união. “Nós engrossamos outros movimentos que já vinham trabalhando claramente em prol do impeachment. Começamos um trabalho com os parlamentares, especialmente com os indecisos, apoiando os movimentos de rua, principalmente o MBL.”
Segundo Santos, do MBL, a pressão já funciona desde a votação do impeachment na Câmara. Ele cita a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) como uma das convertidas de última hora.
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