Um ex-assessor do presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Fernando Capez, recebeu propina de um lobista da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), acusada de fraudar a merenda escolar em pelo menos 152 municípios do Estado de São Paulo.
Quem acusa é Luiz Fernando Pacheco, advogado do lobista Marcel Ferreira Julio, que está foragido e é apontado como o agente que atuava no governo em favor da cooperativa. De acordo com Pacheco, o então assessor de Capz Jéter Rodrigues acertou com o lobista foragido uma “consultoria comercial”. “O Jéter recebeu valores e forneceu recibos. A conversa foi só com o Jéter. Não me cabe especular se o Jéter estava falando ou não em nome de outras pessoas”, afirmou o delator. O valor desses recibos variavam de R$ 4.000 a R$ 23 mil.
As notas teriam sido emitidas pelo assessor em próprio punho e serão entregues aos investigadores, informa reportagem do jornal Folha de S.Paulo. O Coaf também teria dado um freezer de presente ao ex-chefe de gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, o Moita, que estava abrindo um bar no litoral paulista.
Propinoduto
O propinoduto envolve gente do primeiro escalão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), como o deputado estadual e hoje presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) Fernando Capez, e o ex-secretário da Educação, Herman Voorwald. Também são citados nas delações o ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, o secretário tucano Duarte Nogueira (Logística e Transportes), os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), além do deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). Todos negam as acusações.
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