Próximo nome da linha sucessória para a Presidência da República, o vice-presidente Michel Temer se afasta ainda mais da presidenta Dilma Rousseff, cujo mandato será discutido pela Câmara em um processo que pode terminar em impeachment.
Durante toda a quinta-feira (3), Temer fez de tudo para evitar pronunciamentos em favor da petista e fugiu até das reuniões de cúpula que tentam sintonizar o discurso contra o impeachment, afirmam jornais e agências.
Para não deixar dúvidas sobre a estratégia, Temer mal ficou em Brasília na quinta-feira. Pegou um avião e foi para São Paulo no meio do turbilhão. Ninguém o representou em uma reunião de ministros para tratar justamente da postura a adotar diante do processo aberto por Cunha.
Na segunda-feira, diz O Estado de S. Paulo, Temer vai ficar em São Paulo para uma reunião com ninguém menos do que o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), um dos pré-candidatos à sucessão presidencial.
O jeito encontrado pelo PT vem sendo o de “constranger” o vice, diz a Folha de S.Paulo. Além de pedirem defesa pública a Dilma, disseram que, em um encontro dele com a presidenta na manhã de ontem, Temer teria se colocado à disposição para ajudar, o que foi negado por peemedebistas que estiveram na mesma reunião.
O objetivo é claro: se Dilma cair, ele não quer sua imagem associada a ela. Quer a faixa presidencial e a simpatia dos antigos aliados que hoje viram as costas para o governo.
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