A presidenta Dilma Rousseff anunciou a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa-Civil mandando um recado para a oposição e para o mercado financeiro. Antes de afirmar que sua relação com Lula vai além de quem manda e obedece, resgatou os dois mandatos de seu padrinho político para garantir que ele e seu governo têm “compromisso fiscal e com o controle da inflação” e que não pretendem mexer nas reservas internacionais para aplacar a crise econômica.
Vestida de vermelho dos pés à cabeça, Dilma anunciou Lula frisando sua “inequivoca experiência política”. Em seguida, acalmou o mercado financeiro: “O presidente Lula tem uma trajetória que eu puto muito expressiva pelo seu compromisso fiscal e controle da inflação”, disse. “Compromisso que não é retórico, ele se expressa numa situação muito significativa.”
Quando questionada sobre os rumores de que Lula pensaria em mexer nas reservas internacionais para investir em ifraestrutura, Dilma falou em “especulação”. “Nós construímos essas reservas a duras penas e isso não é uma avaliação política, é uma constatação da realidade. Foi no nosso governo que construímos essas reservas e sabemos o esforço que deu. O seu papel é a proteção em relação à flutuações externas. Jamais teremos o uso dessas reservas que não seja contra flutuações internacionais. Essas flutuações têm papel em relação à divida, não são a forma adqueala para solucionar investimento.”
Dilma aproveitou para negar a intenção de trocar os principais ministros da área econômica. “Nem o ministro [Nelson] Barbosa [Fazenda] nem [Alexandre] Tombini [Banco Central] estão com alguma possibilidade de sair. Eles estão mais dentro do que nunca. Nós vamos buscar a estabilidade fiscal. Porque é real”, disse, antes de devolver a questão para a imprensa: ” Olha a retrospectiva do presidente… Que história é essa que ele não tem essa responsabialidade? Tem coisa que está acima do noticiário especulativo.”
Dilma preferiu a ironia para responder se Lula tomara o poder de suas mãos. “Tem seis anos que vocês tentam me separar de Lula. Minha relação com ele não é de poderes ou de superpoderes. É uma sólida relação de quem constrói um projeto juntos. O meu governo terá os poderes necessários para ajudar o Brasil. Tudo o que Lula puder fazer para ajudar o Brasil, será feito.
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