Ministério da Cultura divulga projetos da Lei Rouanet

O Ministério da Cultura divulgou nesta segunda-feira (9) a relação de projetos culturais que estão autorizados a captar recursos, mediante doações ou patrocínio, de acordo com a Lei de Incentivo à Cultura (nº 8.313/91), conhecida como Lei Rouanet. O objetivo é promover, proteger e valorizar as expressões culturais nacionais por meio de incentivos fiscais. A lista foi publicada no Diário Oficial da União.

Entre os contemplados está a exposição Se Liga! Percepções na Arte e Ciência, voltada para o público jovem, que apresenta a relação entre arte e ciência como forma interligada de expressão do conhecimento. O projeto será feito no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro. Também poderá receber incentivo um projeto de formação musical gratuita, para alunos entre 8 e 16 anos do ensino público de Sorocaba, com bom rendimento escolar e que tenham situação social de risco. O projeto vai durar nove meses e ocorrerá na Escola Musix.

Na semana passada, durante uma conferência online promovida pelo Ministério da Cultura, o novo ministro Juca Ferreira disse que a atual legislação de fomento à cultura está obsoleta e produz uma relação distorcida entre Estado e iniciativa privada. “A Lei Rouanet é um engodo, é o ovo da serpente da cultura”, declarou. Isso porque ela se propõe a ser uma parceria público-privada mas, na realidade, só o Estado arca com verbas e trabalho, além de só fortalecer a produção cultural do Sudeste brasileiro, em detrimento das culturas regionais. “(A lei) se propõe a ser uma PPP, mas permite 100% de financiamento público, enquanto o ente privado não coloca nada.”

De acordo com sua avaliação, outra distorção é que o ministério “gasta uma energia enorme analisando milhares de projetos” que pleiteiam o benefício, dedicando à tarefa seu maior contingente de funcionários. “O dinheiro é público, mas quem aprova (os projetos a serem financiados) é o departamento de marketing das empresas, que escolhe o que pode dar retorno”.

Com agências de notícias


Comentários

Uma resposta para “Ministério da Cultura divulga projetos da Lei Rouanet”

  1. Avatar de Elizabeth Höerning
    Elizabeth Höerning

    Saudações! Sei na pele o que é depender de Leis e Projetos Culturais. Sou Romancista Goótica e, até o momento, só consegui editar um Livro da Trilogia, sem falar que estou com mais três Romances Góticos engavetados e pausados, pois em minha cidade quem manda na parte Literária é a Presidente da União Literária que, por a mesma ser poetiza e na cidade só houver poetas, decidiu que todos os livros, para serem aceitos, devem ter no máximo 100 pg! Quando ganhei o prêmio que me deu direito ao único Romance editado, poderia se inscrever até 300 pgs. Depois que meu livro foi editado ela disse-me que foi a primeira e última vez que a Cultura da Cidade iria fazer isso, porque era um livro volumoso (poxa, é um Romance-Novela!!!) e estava tomando lugar de outros menos vultosos (tipo os de 50 pgs. no máximo de poesias!). De 2010 para cá eu sou excluída desde a participar com meus Romances até nas reuniões entre os poetas da cidade, que são os “escritores” locais. Estou indignada! Sou a primeira Romancista do gênero na Região Centro Oeste e excluem-me de participar. Sou de Anápolis, cidade industrial e farmoquímica, em desenvolvimento. E é triste amar romancear, ver os Romances em vias de término e não ter destino para eles. E se eu morrer? Ninguém mais poderá dar-lhes a continuidade que eu daria. Estou triste com a Cultura que não tem cultura em minha cidade.
    P.S.: Desculpem-me pelos erros. Estou tremendo de indignação e tristeza.

    (Eluzabeth Höerning – autora do Romance Gótico “ONAPIBORH” – Livro Um)
    Assistam no Youtube: procurem “Onapiborh” e verão o vídeo-divulgação do Romance.

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