O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reafirmou nesta segunda-feira (16), em entrevista à rádio Estadão, que o governo está aberto ao diálogo com todas as classes e partidos.
Ele disse que o fio condutor das manifestações foi a indignação dos brasileiros com a corrupção, e que isso representa o pensamento do governo.
Cardozo disse ainda que o governo respeita e acha legítima toda manifestação, contanto que elas não sejam voltadas para o golpismo ou para pôr fim de forma forçada a uma liderança legitimamente eleita [que é o caso da presidenta Dilma Roussef].
“O governo tem que ouvir as pessoas, sejam pessoas que concordam ou não com a gestão. Por isso, vamos lançar nesta semana um pacote que visa a combater a corrupção em todas as suas formas”, afirmou.
Questionado por que esse pacote não foi lançado antes, já que fazia parte das promessas de campanha da presidenta, Cardozo explicou que Dilma apresentou um pacote de mudanças, mas que as bases partidárias não o aceitaram, abrindo nova discussão.
“Acho isso perfeitamente justo, discutir o que será feito nessa reforma. Porém, o problema persiste e, ao persistir, nós temos que ter a sensibilidade de perceber que a sociedade brasileira deseja um novo modelo político que garanta uma maior representatividade aos seus olhos”.
Sobre as manifestações, Cardozo disse considerá-las justas e argumentou que o Brasil conquistou a democracia e não quer abrir mão dela. “Estamos longe de um tempo em que se pensava em golpe. A presidenta Dilma governa para 200 milhões de pessoas e, como tal, deve ouvir a todos”, afirmou.
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