Na tarde desta quarta-feira (1), manifestantes pelo direito à moradia e ativistas da Frente Povo Sem Medo ocuparam o prédio da Presidência da República na avenida Paulista, no centro de São Paulo, enquanto as mulheres protestavam contra a cultura do estupro em frente ao Masp, situado na mesma avenida.
“Este prédio que nós acabamos de ocupar é onde fica o escritório da Presidência da República em São Paulo. Aqui é o escritório do seu Michel Temer em São Paulo”, disse Guilherme Boulos, coordenador do MTST, aos Jornalistas Livres. “Como ele chegou no governo por um golpe, e a primeira coisa que fez foi atacar as nossas moradias, cancelando aquilo que já estava certo e suspendendo o Minha Casa Minha Vida, como nós também fomos para a casa dele a polícia nos tirou de lá com força e com violência, por isso estamos aqui e hoje. E a nossa casa será aqui.”
A ocupação transcorreu de forma pacífica até a chegada da Polícia Militar, que agiu com violência: os policiais prenderam um manifestante, agrediram com cassetete um repórter que filmava a ação e deixaram vários feridos. Seis participantes do MTST foram presos, de acordo com o movimento. Mas o prédio permanece ocupado.
Ainda nesta quarta, mulheres realizaram um ato contra a cultura do estupro em São Paulo. Elas levaram faixas com dizeres “Mexeu com uma, mexeu com todas” e “Nem recatadas nem do lar, a mulherada está na rua para lutar!”. Manifestantes reclamaram que o acampamento em frente à Fiesp, que celebrava os patos, nunca foi agredido da mesma maneira.
Manifestações contra a cultura do estupro também foram realizadas em outras cidades. O ato no centro de Porto Alegre reuniu cerca de mil pessoas.
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