Cláudia Cordeiro Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agora é ré na Operação Lava Jato. A decisão coube ao juiz federal Sergio Moro, que aceitou nesta quinta-feira (9) denúncia proposta pelo Ministério Público Federal no Paraná, que a acusa de ter se beneficiado de parte dos valores recebidos pelo marido em forma de propina.
Cláudia foi denunciada mais especificamente por lavagem de dinheiro e evasão de divisas fruto dos desvios na Diretoria Internacional da Petrobras, onde Cunha tinha influência. Ele teria recebido US$ 1,5 milhão para viabilizar a compra, pela Petrobras, de 50% de um bloco para exploração de petróleo em Benin, na África, em 2011.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, “Cláudia tinha plena consciência dos crimes que praticava e é a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça”. Ela tez compras no exterior com cartão de crédito vinculado à conta em nome da offshore. “Eduardo Cunha e Cláudia Cruz se beneficiaram de recursos públicos que foram convertidos em bolsas de luxo, sapatos de grife e outros bens de uso privado”, afirmam os procuradores.
Os investigadores apuram se ela manteve depósitos de US$ 100 mil entre 2009 e 2017 que não foram declarados à Receita, um crime contra o sistema financeiro nacional.
No mesmo ato, Moro aceitou a denúncia contra o empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, o lobista João Augusto Rezende Henriques e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada
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