Diante de dirigentes do partido, além de centenas de militantes, o Partido dos Trabalhadores abriu seu 5º Congresso Nacional em Salvador nesta quinta-feira (11) com discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Ambos ressaltaram a necessidade de união dos correligionários para o País voltar aos rumos do crescimento, além de defender a autonomia dos projetos desenvolvidos pelo governo.
Primeiramente, o ex-presidente Lula, em seu discurso na abertura do Congresso, rebateu as críticas da mídia que fortalecem uma ideia de que o partido estaria em decadência. “Estamos vivos, de cabeça erguida, na perspectiva de construir um País muito melhor.(…) Nesse mês de junho completam-se dez anos que a imprensa brasileira começou a decretar a morte do PT”, ressaltou.
Segundo ele, as empresas de comunicação não estão sendo capazes de administrar a própria crise e estão jogando o peso nas costas dos trabalhadores. “Só este ano tiveram 50 demissões de jornalistas na Folha de S. Paulo, 120 demissões no Globo. A revista mais sórdida deste País teve que entregar metade de seu prédio e fechar 20 títulos de suas revistas.”, afirmou Lula, referindo-se à Editora Abril.
O ex-presidente também reforçou as características populares do PT, que garantem um caráter democrático ao partido, além de reconhecer que o País enfrenta diversos problemas, como o aumento do desemprego e da inflação. “Eles não conseguem entender que a força do PT vem do nosso profundo enraizamento com a nossa sociedade brasileira. (…) O PT nasceu para ser porta-voz do futuro e não pode se acomodar jamais”. A oposição também foi citada no discurso de Lula: “Nossos adversários não se conformam com um modelo de desenvolvimento baseado na inclusão, na geração de emprego e renda”, criticou.
Em seguida, a presidenta Dilma Rousseff subiu ao palco e, em seu discurso, pediu unidade aos militantes, movimentos sociais e partidos aliados para que as transformações no País continuem acontecendo.
“Todos que estão aqui compartilham essa vontade de transformar o Brasil. Para alcançar isso, precisamos caminhar juntos e firmes. Preciso de cada um de vocês, de toda força que vocês podem me dar, estando ao meu lado”, disse a presidenta. “Eu preciso contar com o meu partido, que é livre para fazer propostas, autônomo na defesa do programa, firme nas críticas, porque elas são necessárias.”
Dilma ainda salientou a importância de não se deixar abalar por discursos e comportamentos intolerantes: “Eles são produtos de uma intolerância e de uma minoria”, avaliou. A presidenta pediu aos militantes para que combatam esta intransigência com informação, principalmente em relação à Petrobras. “Municiem-se de informações. Falem da Petrobras sim. A Petrobras reorganizada, capaz de punir aqueles que dela se beneficiaram ilicitamente”.
Além disso, Dilma também voltou a defender o ajuste fiscal promovido pelo governo, reforçando que não foram alterados os compromissos do partido com o Brasil. “Esse é o momento para dizermos que nós somos um governo que tem a coragem de realizar ajustes e que faz esses ajustes para dar sustentabilidade, continuidade, perenidade e fazer avançar o projeto de desenvolvimento, de mudanças, que adotamos desde 2003″, completou.
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