Nova lei contra nomeações políticas em estatais não salvaria a Petrobras de corrupção

Cerveró trabalhava na Petrobras desde 1975 - Foto: Montagem/EBC
Cerveró trabalhava na Petrobras desde 1975 – Foto: Montagem/EBC

Comemorada pelo governo interino de Michel Temer como uma vitória contra a corrupção, a nova lei de estatais, que restringe nomeações políticas nessas empresas, teria efeito praticamente nulo sobre os escândalos na Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. Dirigentes da petrolífera com papeis centrais no esquema eram funcionários de carreira.

Muitos desses nomes com perfil técnico estavam na estatal há décadas e não tinham qualquer filiação partidária. É o caso do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, do ex-diretor de Serviços Renato Duque e dos ex-diretores da Área Internacional Nester Cerveró e Jorge Zelada.

Duque é formado engenheiro eletricista pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde também fez MBA, informa o jornal Folha de S.Paulo. Foi denunciado oito vezes por suspeita de crimes relacionados à Lava Jato e foi condenado a 20 anos de prisão.

Paulo Roberto Costa entrou na estatal em 1977 depois de se formar em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Paraná. Chegou à Gaspetro em 1997 sob Fernando Henrique Cardoso. Acabou condenado a 39 anos e 5 meses de cadeia.

Já Zelada, engenheiro elétrico pela UFRJ, trabalhava na estatal em um emprego concursado desde 1980. Pegou 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cerveró, na estatal desde 1975, prometeu devolver aos cofres públicos R$ 18 milhões.   


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