O brasileiro mal conhecida Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando ele apareceu no cenário político em 2015 levando a presidência da Câmara e atrapalhando a vida da presidenta Dilma Rousseff, ameaçada de impeachment muito graças a ele. Para chegar ao poder, no entanto, o trabalho do peemedebista levou tempo e se utilizou de métodos duvidosos – suficientes para ganhar Michel Temer, o vice-presidente que também sonha em virar presidente antes de 2018.
Temer e o presidente da Câmara nunca foram próximos. Cunha jamais pede licença para entrar, enquanto Temer é conhecido pelo comportamento protocolar, conta reportagem da Folha de S.Paulo.
No primeiro mandato de Temer como vice, Cunha aparecia cedo, sem cerimônias, na residência oficial e só saída de lá depois de atendido. Pediu até um ramal ao lado da sala de Temer para dizer por aí que telefonava do Planalto.
Cunha cresceu no PMDB rodeando líderes do partido. Primeiro foi o hoje ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Mas a ascendência sobre o partido começou entre 2013 e 2014, quando Alves se tornou presidente da Câmara e, Cunha, líder do PMDB.
Ele passou a distribuir relatorias importantes a aliados, cativando parceiros. Embora nunca tenha sido querido pelos caciques da legenda, acabou necessário.
Com a oposição agiu igual: já presidente, deu a PSDB e DEM vagas em comissões, relatorias de projetos e CPIs. Amigos de Temer nega a existência de aliança entre ele e Cunha, informação que só teria a intenção de desgastar o vice.
Mas os dois fizeram dobradinha na operação que afastou temporariamente o deputado governista Leonardo Picciani (PMDB-RJ) da liderança do PMDB. Cunha também passou a defender a permanência de Temer no comando nacional do partido contra articulação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que – fiel a Dilma – quer tirar Temer da presidência da legenda.
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