Depois de ganhar o noticiário no fim de 2015 com uma carta em que declara seu descontentamento com o governo da presidenta Dilma Rousseff e de ter sido acusado por Ciro Gomes de “conspirar” pelo impeachment, o vice-presidente dop Brasil e presidente do PMDB, Michel Temer, iniciou o caminho de volta.
Pressionado pela ala governista do PMDB, liderada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e pelo partido no Rio de Janeiro, Temer preferiu recuar para não perder o comando do partido, informa o jornal Folha de S.Paulo. Tanto os peemedebistas cariocas quanto mineiros já disseram que pretendem apresentar candidato para disputar a reeleição de Temer, no cargo desde 2001.
Diante da pressão no partido, ele vai adotar uma postura de neutralidade sobre o impeachment pelo menos até conseguir se reeleger no PMDB na eleição, prevista para março. Até lá, o foco é garantir maioria na legenda.
Sem dar mais munição para o impeachment, ele pode conseguir construir diálogo com o Planalto, enquanto acompanha as articulações da oposição a quem ele poderia se alinhar mais facilmente em caso de destituição de Dilma.
O vice também teme que, ao enfrentar o governo, seu nome acabe “vazado” na Operação Lava Jato, o que complicaria ainda mais suas pretensões de chegar ao poder.
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