O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que participa de palestra para alunos brasileiros no Massachusetts Institute os Technology (MIT), comentou nesta sexta-feira (22) o que seria um possível governo Michel Temer, no caso de a presidenta Dilma Rousseff ser afastada da Presidência: “Vamos viver uma agonia cada dia”.
Embora tenha admitido existir a possibilidade de Dilma ser afastada de seu cargo por conta do impeachment, após avaliação do Senado, ele mostrou preocupação, no caso de isso acontecer, sobre em que mãos estaria o País. Ele reforçou a urgência de levar em frente os processos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, uma vez que ele é o terceiro nome na linha sucessórias para assumir o mais alto cargo do governo, o de presidente da República.
“Nós enviamos várias denúncias contra ele e mais duas devem ser consideradas em breve pelo Supremo. Não podemos admitir que o terceiro homem na linha sucessória tenha um passado como o dele”, afirmou. As informações são do jornal site do Estadão.
Em dezembro do ano passado, Janot pediu ao STF o afastamento de Cunha. O relator é o ministro Teori Zavascki, que ainda não tem data para liberar o processo para julgamento.
Para justificar o pedido, o procurador citou 11 fatos que comprovam que Cunha usa o mandato de deputado e o cargo de presidente da Casa “para intimidar colegas, réus que assinaram acordos de delação premiada e advogados”.
No mês passado, o Supremo abriu ação penal contra Cunha. Seguindo o voto do relator, ministro Teori Zavascki, a Corte entendeu que há indícios de que presidente da Câmara dos Deputados recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras.
Na defesa, o advogado Antonio Fernando Barros disse que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o deputado “não reúne condições para ser admitida”.
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