
Professores de filosofia e história organizaram um ato contra o golpe na Universidade de São Paulo nessa terça-feira (30). Para Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos de Fernando Henrique Cardoso, a presidenta afastada Dilma Rousseff será “decapitada” nesta quarta-feira e não é o momento para se fazer críticas a seu governo: “Eu não sou do PT, mas acho uma absoluta falta de respeito e solidariedade”.
Ainda segundo o acadêmico, o presidente interino Michel Temer representa a falência do sistema político brasileiro: “O vice usurpador apresenta em concentrado o que aconteceu com a classe política depois da Constituição de 1988. A decadência da classe se deve aos defeitos desse presidencialismo de coalizão, presente em todos os governos pós redemocratização e que permite a aliança com cleptocratas”.
Pinheiro disse também que o Supremo Tribunal Federal é cúmplice dessa situação, já que o ministro Gilmar Mendes “sentou em cima da proibição do financiamento empresarial de campanha por mais de um ano”.
O acadêmico ressaltou que o impeachment é golpe: “Não é preciso ter tanques, não há dúvida nenhuma de que esse afastamento é um golpe”.
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