PDT anuncia saída da base governista e PTB se declara independente

José Guimarães, líder do governo na Câmara - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
José Guimarães, líder do governo na Câmara – Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Dois partidos da base governista anunciaram distanciamento da base e se declararam independentes em relação às votações da Câmara. Líder do PDT, o deputado André Figueiredo (CE), disse que seu partido não irá mais participar das reuniões dos líderes da base governista e terá, a partir de agora, uma postura de independência em relação ao governo. Segundo Figueiredo, os próximos passos da legenda serão decididos pela direção nacional.

O líder do PDT afirmou que a gota d’agua para a decisão são as acusações feitas ao partido pela liderança do governo, que tem chamdo o PDT de ”traidor”. “Somos tachados de traidores pela liderança do governo. Isso tem sido feito de forma recorrente”, destacou. Durante a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, o PDT se posicionou contrário à orientação do Palácio do Planalto.

“Não admitiremos mais sermos chamados de infiéis ou traidores. Nunca traímos a bandeira defendida por Leonel de Moura Brizola, nosso líder maior”, acrescentou Figueiredo. O líder informou que comunicou a posição da bancada ao ministro do Trabalho, o pedetista Manoel Dias, e também ao presidente da legenda, Carlos Lupi.

Líder do PTB, o deputado Jovair Arantes (GO) anunciou no plenário da Câmara que a bancada se reuniu e decidiu assumir posição de independência em relação às votações de interesse do governo. “A bancada declara independência com relação às votações na Casa e reserva o direito de votar como quiser.”

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), informou que, no caso do PTB, tudo foi feito com diálogo. Quanto ao PDT , ele só tomou conhecimento após o discurso do líder do partido no plenário da Câmara. Guimarães explicou que a lição tirada nesta semana, quando foi rejeitado requerimento para retirar de pauta a proposta de emenda à Constituição (PEC 443) e com a decisão das lideranças de votar a matéria nesta quarta-feira, é que é preciso “refazer a base”. “A ordem é estarmos unidos. Temos de dialogar com os ministros que são das cotas dos partidos. É preciso refazer a base”, concluiu.


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