Pizzolato tem extradição suspensa até dezembro

Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil - Foto: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil – Foto: Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Mais uma vez, a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi adiada e deverá ocorrer apenas em dezembro, informaram os senadores Maria Cecilia Guerra e Luigi Manconi nesta quinta-feira (23).

O novo adiamento ocorre porque Pizzolato terá que comparecer a um tribunal italiano no dia 14 de dezembro para responder sobre o processo de falsidade ideológica. Ao fugir do Brasil, o ex-diretor do BB usou um passaporte falso, com a identidade de seu irmão, para ingressar e viver na Itália.

“Agora, Pizzolato está imputado de responder a um processo em um tribunal italiano, o que terá como consequência a suspensão do processo de extradição para consentir ao mesmo o exercício pleno do irrenunciável direito de defesa”, disseram os líderes do movimento político que tenta manter o condenado no Mensalão em território italiano.

O processo de extradição já estava suspenso até o dia 22 de setembro, após o Conselho de Estado da Itália ter solicitado ao Ministério da Justiça italiano mais informações para analisar o pedido de defesa do brasileiro, que pede para que ele cumpra sua pena na nação europeia.

Segundo os dois senadores, depois dessa suspensão, o Ministério solicitou às autoridades brasileiras a lista com as garantias suplementares e fundamentais requeridas pelo Conselho.

“As autoridades brasileiras deverão fornecer todos os detalhes sobre a penitenciária a qual ele será transferido e de outros locais que possam recebê-lo, precisarão autorizar uma visita diplomática preventiva nessas instituições e deverão mostrar empenho para não transferir Pizzolato para outras estruturas, a não ser por motivos de força maior”, explicaram os políticos.

Segundo Guerra e Manconi, o governo brasileiro ainda terá a obrigação de “fornecer qualquer atualização sobre problemas que surjam durante a detenção no Brasil”.

O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato no processo do Mensalão, em novembro de 2013. Após a sentença, Pizzolato fugiu para a Itália e desde fevereiro de 2014, o Brasil tenta extraditá-lo para que cumpra a pena no país. Em outubro do ano passado, o Tribunal de Bolonha negou a extradição de Pizzolato e o colocou em liberdade. Em fevereiro, porém, a Corte de Cassação acolheu o pedido do Brasil e autorizou o envio do réu. A decisão foi ratificada pelo Ministério da Justiça e pelo Tribunal Administrativo Regional do Lázio, primeira instância da justiça administrativa.


Comentários

2 respostas para “Pizzolato tem extradição suspensa até dezembro”

  1. Avatar de NiceOrion
    NiceOrion

    Concordo. Mas quanto mais poder, mais corruptos são!

  2. Avatar de RAUNILO DE SALLES GARCIA
    RAUNILO DE SALLES GARCIA

    É um absurdo as coisas no Brasil. Por que as leis não são iguais a todos, como consta na carta magna do Brasil? Por que nossos políticos são os mais especializados em fornecer maus exemplos? As penas para criminosos do colarinho branco, deveriam ser duplicadas, porque eles têm conhecimentos das coisas erradas que praticam e suas consequências, enquanto o criminoso comum, muito deles, ficaram isolados a própria sorte, com instruções escolares precárias e de mal acolhimento. Não que eu os defendam. O caso do Pìzzolato e de outros criminosos do colarinho branco, demonstram que no Brasil, o crime compensa. Quem devolveu, o que foi comprovado que roubou? Por favor, caso eu esteja errado, publiquem. Um abraço. Raunilo

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