O lançamento informal da candidatura de Michel Temer à Presidência da República em 2018 desagradou todo mundo, do interino aos aliados PSDB e PSD, que viram precipitação na atitude do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o peemedebista será candidato se o Senado aprovar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Por trás da polêmica, as verdadeiras pretensões de Temer: apoiar a candidatura presidencial do chanceler José Serra ou do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O preferido de Temer é Meirelles, adorado pelo mercado financeiro e sem os altos índices de impopularidade de Serra, que já se candidatou a presidente e perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2002.
Serra, no entanto, se aproxima cada vez mais do interino, cogitando, inclusive, a possibilidade de se mudar para o PMDB, deixando a disputa pela indicação tucana entre o senador Aécio Neves (MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Nesse caso, o presidente do PSD ficaria em maus lençóis. Apadrinhado por Serra, Gilberto Kassab teria de escolher entre seu velho aliado e Meirelles, filiado a seu partido.
A única certeza é que o candidato do Planalto só terá chance de vencer se a economia voltar a crescer. Para Maia, Temer se cacifa como candidato se atingir aprovação de 50%, mas para isso Dilma precisa perder sua última batalha no Senado.
Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, lembra que “Michel já disse que sairá da vida pública recompensado se colocar o Brasil nos trilhos. Não há hipótese de ele ser candidato”.
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