O PMDB pode desembarcar de vez do governo da presidenta Dilma Rousseff. Um documento declarando independência em relação às votações do impeachment e a projetos de lei de interesse do Planalto será apresentado pela ala oposicionista do partido na convenção nacional da legenda no próximo sábado (12), ocasião em que o vice-presidente, Michel Temer, deve ser reconduzido à presidência da sigla.
O texto confronta outro, mais radical, que defende o imediato rompimento do PMDB com o governo, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Embora conte com o aval de Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), teria sido contrário à decisão.
“Vamos trabalhar por uma nota de independência. Entendo isso como um passo para o desembarque”, afirmou o deputado Darcísio Perondi (RS), um dos articuladores do movimento. Já a Carta de Porto Alegre, que defende o rompimento total com o governo, teria a adesão de dez Estados, ou 241 dos 655 votos.
Em outra frente, o PMDB se aproxima do PSDB, de quem foi aliado no governo Fernando Henrique Cardoso. A aproximação foi selada em um jantar em Brasília na noite de quarta-feira (9) entre a cúpula tucana e principais lideranças do PMDB no Senado.
“Não dá para dizer que o PMDB e o PSDB se juntaram agora para derrubar a Dilma, para fazer o impeachment, não é verdade”, desconversou o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), presente no encontro, que contou com Aécio Neves PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Tasso Jereissati (PSDB-CE), José Serra (PSDB-SP), Renan Calheiros (PMDB-CE) e Romero Jucá (PMDB-RR).
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