“Acho antiquado dizer que a classe média é elite porque a progressão ideal é ser classe média. E, dentro dessa classe, há pessoas com olhar retrógrado e outras com olhar contemporâneo. Além disso, a classe média aumentou significativamente no País, somos 53% da população e essa é a notícia boa. As pessoas se acostumaram a outro padrão de vida e, diante de uma instabilidade, se ressentem.
Aqui em Belo Horizonte, a gente percebe que pequenos negócios estão sofrendo para se manter em pé. Existe um baixo-astral, uma sensação de que as coisas não estão dando certo. Eu também estou insatisfeita com as notícias que chegam do Planalto, mas não sou a favor do impeachment da presidente Dilma nem da volta dos militares. Acho que essa polarização é artificial porque, na verdade, todo mundo quer a mesma coisa: um País melhor, menos corrupto, mais produtivo. Se for com o PT, ótimo.
Mas se não for, tudo bem também. Portanto, a pressão da sociedade é legítima e, ainda que a corrupção tenha começado antes deste governo, é responsabilidade dele resolver a questão.”
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