Polarização artificial – Andrea Kauffmann-Zeh

Foto:  Bruno Magalhaes / Nitro
Foto: Bruno Magalhaes / Nitro

“Acho antiquado dizer que a classe média é elite porque a progressão ideal é ser classe média. E, dentro dessa classe, há pessoas com olhar retrógrado e outras com olhar contemporâneo. Além disso, a classe média aumentou significativamente no País, somos 53% da população e essa é a notícia boa. As pessoas se acostumaram a outro padrão de vida e, diante de uma instabilidade, se ressentem.

Aqui em Belo Horizonte, a gente percebe que pequenos negócios estão sofrendo para se manter em pé.  Existe um baixo-astral, uma sensação de que as coisas não estão dando certo.  Eu também estou insatisfeita com as notícias que chegam do Planalto, mas não sou a favor do impeachment da presidente Dilma nem da volta dos militares. Acho que essa polarização é artificial porque, na verdade, todo mundo quer a mesma coisa: um País melhor, menos corrupto, mais produtivo. Se for com o PT, ótimo.

Mas se não for, tudo bem também. Portanto, a pressão da sociedade é legítima e, ainda que a corrupção tenha começado antes deste governo, é responsabilidade dele resolver a questão.”


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.